A flor representa uma etapa muito particular na vida de uma planta. É exatamente no instante em que a flor surge que a individualidade da planta se expressa em toda a sua plenitude. Na botânica, com efeito, o sistema de classificação das plantas é realizado principalmente com base nas flores. A flor é a sede das forças produzidas da planta: nela, com a semente, surge um novo potencial de vida. Seriam as flores, com suas formas múltiplas, suas cores harmoniosas e seus perfumes sutis, apenas um hábil mecanismo para atrair os insetos e assim permitir a polinização e assegurar, como afirmam os darwinistas, “a sobrevivência dos mais aptos”?
Consideremos uma outra possibilidade, bem mais em harmonia com aquele sentimento que nos inspira, quando nos encontramos em meio às flores num belo dia de primavera. Não é por acaso que, em todos os tempos, as flores simbolizam os inúmeros sentimentos da alma humana. Elas possuem um significado que ultrapassa a simples aparência física. Como todos os seres vivos, as flores exprimem em sua aparência física uma realidade mais profunda.
As flores são uma manifestação particular da criação divina. Elas mantêm uma relação bastante íntima com o ser humano, uma relação que vai muito além do referencial estético ou simbólico. Elas são a expressão de campos de forças que também vivem em nós, em nossos pensamentos e em nossos sentimentos. A flor é a encarnação da “alma da natureza”. Além de sua realidade física e bioquímica, a flor é o elemento essencial da planta; é nela que a “alma da natureza” veste suas qualidades.
As essências florais estabelecem uma ponte entre a planta e o ser humano, transportando a mensagem da flor para o coração do homem. Essa mensagem, trazida pelas forças vivas da natureza, ressoa na alma humana que está pronta para acolhê-la. Os florais nos ajudam a ampliar o campo de consciência e a transformar bloqueios, permitindo a emergência de nossas potencialidades, facilitando a expressão de nossas capacidades pessoais.